A árvore

A árvore mais “majestosa” do condomínio sempre me chamou a atenção.

Ela fica num morrinho, de difícil acesso pra sedentária que sou, mas sempre que passo por ela, me imagino sentada à sua sombra.

Ela me inspira sabedoria. Como uma anciã que detém o conhecimento do mundo, os segredos da vida que os apressados não conseguem captar.

Sua sombra tem gosto de calmaria, de domingo à tarde, de abraço de avó.

Quero, um dia, quem sabe, inspirar noutras pessoas algo próximo disso… e velhinha, olhar para trás e sorrir para a semente dessa árvore que germinou em mim.

❤️

O brilho e a imperfeição

Ah, o brilho! Adoro!

Dizem por aí que quem vê close não vê corre. Ou para sermos gentis com todos, já que não sabemos as batalhas internas de cada um…

Brincando com a câmera na textura brilhosa da minha necessaire, descubro mais uma foto-metáfora!

Repare que, no destaque abaixo, conseguimos ver as imperfeições, as marcas de uso e do tempo, as falhas.

Mas nada disso tira o brilho e a beleza da minha bolsinha.

No fundo (mas nem sempre), todos nós temos as nossas questões, dores, sombras. Damos o nosso melhor, fazemos acontecer e seguimos. E tá tudo bem – não precisamos nos abrir com todo mundo, nem com qualquer um.

Mas não deixe que as coisas daí de dentro, ó 🫀🧠, fiquem pesadas demais para carregar – peça ajuda.

Esse é um post-it para que eu me lembre quando precisar. Talvez ele sirva pra você também!

Autenticidade e efetividade

Pensei numa imagem para ilustrar a frase “tudo o que você faz com autenticidade é mais efetivo”, mas 1) fiquei com preguiça de abrir o Canva; 2) amei essa foto.

Venho, ao longo dos anos buscando me reconhecer, entender as mudanças inexoráveis e me posicionar de maneira consciente na minha vida – o tal do protagonismo.

E isso, pra mim, não tem fórmulas, (desconfio que pra ninguém!) apesar da resposta ser muito clichezona: busque sua essência; seja aquela que você deveria ser e não quem os outros dizem ser…

Seja autêntica!

E aqui, digníssima pessoa que me lê agora, cabe sim minha selfie bonitona porque coloco a cara no sol pra dizer que não é fácil, não é uma chave que a gente vira e pronto, ou um interruptor que ligamos e agora-vai: é PRO-CES-SO, é construção diária, é solitária (eu-comigo-mesma) e coletiva (nós enquanto seres sociais).

Não dá pra ser autêntica copiando os outros, mas dá pra aprendermos juntas, com troca, com gentileza, com afeto…

Clio, a Musa inspiradora

Clio, a Musa da História e da Criatividade, que ilustra esse post, lhe faz um convite: repense seus padrões!

Quando eu lhe peço que pense em uma pessoa criativa, que tipo de imagem lhe vem à mente?

Como essa pessoa se parece? O que ela veste, como se comporta? O que ela lê? O que ela faz?!

Você se imaginou?

Pensou em um conhecido ou alguém distante, com quem você não tem contato?

Daí, outra pergunta: Criatividade é um privilégio de que tipo de pessoa?

Porque uma coisa é certa: TODO MUNDO É CRIATIVO! (Basta a gente não limitar o tipo de criatividade de que estamos falando…).

Em menor ou maior grau, direcionado a um estilo ou outro, repito: todo mundo é criativo!

Às vezes, o que nos trava é uma crença limitante. Um pensamento que está fora de contexto, e que não nos serve mais.

Já parou pra pensar nisso?!

Imagem: abusadas intervenções (no Canva) sobre Clio, óleo sobre tela, de 1689, do pintor francês Pierre Mignard, do acervo do Museu de Belas Artes de Budapeste.

O Flâneur

Sabe esse olhar curioso do turista?

Esse passear pelas ruas com um olhar atento e despretensioso, ao mesmo tempo, descobrindo detalhes que passam despercebidos para a maioria dos transeuntes da cidade tem um nome pomposo: é o Flâneur!

O verbo flanar, do francês, pode ser traduzido como passear, e mais que isso: é o caminhar sem pressa, abandonando-se à impressão e ao espetáculo do momento.

O sociólogo Walter Benjamin baseou-se na poesia de Charles Baudelaire, e levou o flâneur para a Academia, transformando-o em objeto de estudo e um emblemático arquétipo da experiência moderna.

Ter esse olhar de turista é manter desperta a curiosidade pela vida, e transformar uma simples ida à padaria em uma experiência prazerosa. É estar presente no momento, saindo do piloto automático que o ritmo frenético da cidade nos impõe.

Ser flâneur é se deliciar com a vida e tudo o que ela nos oferece, sem pressa, com alma.

🐝 Esse post foi inspirado em uma conversa com a Débora Figueiredo, que me contava sobre uma frase dita em algum lugar, que ela tomou para a sua vida. E era a exata descrição do Flâneur – essa figura que amo e procuro incorporar no meu dia a dia.

Agora me conta: quando e como você “incorpora” o flâneur?