Polímata, multipotencial ou indeciso?

O que você quer ser quando crescer? Bem, se você não tem certeza de que deseja fazer apenas uma coisa pelo resto de sua vida, você não está sozinho. Nesta palestra esclarecedora, a escritora e artista Emilie Wapnick descreve o tipo de pessoa que ela chama de “multipotencialistas” – que têm uma variedade de interesses e empregos ao longo da vida. Você é um? (fonte: TEDTalk)

Lembro-me como se fosse ontem da minha primeira entrevista em uma agência de publicidade. Era uma agência nova, mas com grandes nomes – profissionais premiados, badalados e com egos super-inflados. Ao mostrar meu portfólio, e orgulhosamente falar sobre tudo o que amava fazer, logo fui cortada com a frase:

– Mas você faz tudo isso? Não deve fazer nada muito bem, né?! Primeiro ajusta seu foco, depois vem conversar com a gente.

Aquilo foi um balde de água gelada. Saí de lá aos prantos e com a certeza de que tinha algo de errado comigo. Pulei de emprego em emprego, fiz muitos projetos, aprendi inúmeras coisas diferentes. E levei um tempão para aceitar que, sim, faço muitas coisas, gosto de outras tantas, quero aprender muito mais porque ainda não é suficiente e o mundo é grande demais para eu saber um tiquinho só.

Mas essa auto-estima da porra só veio com a idade (algo que preciso lustrar diariamente, ou caio de novo na conversa de que preciso escolher uma coisa!)

Penei por muitos anos, e subaproveitei minhas potencialidades por querer me encaixar nos moldes que a sociedade nos impõe, nem sempre de forma sutil…

Hoje, sei das minhas multipotencialidades. E as uso nos projetos que crio pra mim e para os negócios dos meus clientes. Assim ensino o João, para que desde cedo ele entenda que pode ser muitas coisas, ou pode mergulhar num só assunto – o que importa é que esteja confortável com suas escolhas.

Esse post foi feito sob a influência da newsletter de 27 de julho de 2021 da Livia Forte.

Dica de “ritual” de preparação para o ano-novo

Aperta o play!

Separa um tempo pra ti. Pode ser pela manhã, em um intervalo no meio da tarde, ou à noite, quem sabe no jantar? Faz uma lista com três coisas boas que te aconteceram durante o dia – um bom dia que recebeste, um sorriso no meio do caminho, uma sensação agradável, um elogio ou uma boa notícia: aqui, todos os pequeninos e simples acontecimentos diários têm seu valor.

Repete isso, pelo menos, pelos próximos sete dias. Observa como fica cada vez mais fácil “achar” essas boas coisas… e que outras sensações e sentimentos esse pequeno exercício de gratidão desperta-te?

?‍♂️Não tem nada de “mágico” ou esotérico neste ritual. ? A ciência comprova que focar nas coisas boas ancora a nossa mente o que Shawn Achor chama de “Efeito Tetris Positivo”.

? Shawn traz essa e outras técnicas interessantes, além de muitas pesquisas na área da Psicologia Positiva, no seu livro Happiness Advantage (O Jeito Harvard de Ser Feliz, traduzido para o português por Cristina Yamagami, e editado pela Saraiva).

? Agora, preciso confessar um preconceito meu: se não fosse a Livia a recomendar este livro, talvez eu nunca o tivesse escolhido como leitura de encerramento do meu ano. ? Eu sei, eu sei… parece livro cliché de auto-ajuda. ? Mas, vê lá, qual o problema da auto-ajuda, afinal? Se não fizermos por nós mesmos, estamos tramados!

? Então, deixa o preconceito de lado e faz o exercício. Felicidade, como tudo na vida, é prática diária. Depois conta-me sobre tuas impressões.

Vamos a isso? ?

Foto-metáfora

O céu cinza de Lisboa, num dia frio do comecinho do inverno (dia 22/12/2020)

Adoro o céu quando misturado com verdes e azuis. Mas também quando em tons acizentados. São emoções e sensações diferentes, nem sempre antagónicas.

Acho que é minha foto-metáfora predileta: cabeça nas nuvens, raízes fortalecidas em solo firme.

Céu e terra com suas dualidades complementares, pedacinhos de mim.

Sei que tenho algo de “louca”, mas também sei que percebes o que digo, não é mesmo?

E a tua foto-metáfora, qual é?

A gratidão

Já é fato comprovado: o sentimento de gratidão abre um mundo de possibilidades. É incrível como ficamos mais leves, mais dispostos, mais vibrantes.

E sintonizados nesta vibração, nos tornamos mais criativos!

? Eu sou grata por poder compartilhar o pouco que sei contigo, daí deste lado. ?

E tu, pessoa, pelo que és grata?

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Ajuste de rota

Dezembro é o mês de ajuste de rota, por aqui. ?

E tu, me conta, como e quando fazes os ajustes necessários das tuas metas?

A velha deslumbrada

João, aquele bebezito linducho, agora é um adolescente chato e implicante. (Eu o amo na mesma, fazer o quê?).

Foi ele quem disse, outro dia (ontem!) que sou uma velha que parece ter descoberto a mídias sociais há pouco e usa todos os filtros do Instagram ao mesmo tempo.

Aproveitei para contar que participava das salas de bate-papo quando a internet ainda era discada, que fiz meu primeiro blog no fim do século passado, que em 2005 cuidava de uma comunidade no Orkut, que reclamava que nenhum amigo usava o Twitter (fiz amigos incríveis por lá!), que já fiz arquitetura da informação para os sites da Ipiranga e da Oi… ou seja, uma dinossaura que já andava por aqui quando tudo isso era mato.

Neste percurso, encontrei pessoas maravilhosas, fiz amigos, influenciei pessoas e fui influenciada pelos melhores! Em nossos encontros, discutíamos o futuro da web.

Então, filhote, saiba que a mãe pode parecer uma velhota deslumbrada (porque sou mesmo). Quero ser eternamente deslumbrada pelas fantásticas possibilidades deste admirável mundo novo.

E que eu possa passar adiante um pouquinho que seja deste meu maravilhamento. ?