Hipnótica

Ela era Hipnótica.
Olhar preso ao dela
e lá me perdia em pensamentos.

Ela ditava o caminho
palavra por palavra
dizia, num sussurro, aonde ir.
Se direita ou esquerda,
morro acima,
ladeira abaixo.

E ela sabia do seu poder
e o fazia com maestria
e eu, rendido, entregue
apenas me deixava guiar.

Hipnótica criatura que passa
e arrebata meus sentidos…
Se você soubesse o que é o amor,
não me traria preso, mas liberto
para que pudéssemos, então
juntos, caminhar lado a lado.

Descobri uma galeria deliciosa… vai lá ver. Esta arte é daqui: clique.

Em priscas eras…


[Ainda traduzindo aquela tal pesquisa…]

A memória anda fraca. É fato:

  • esqueço coisas banais;
  • não lembro das mais importantes;
  • ignoro a agenda por puro esquecimento.

Enquanto isso, tento deixar rastro pra não me perder no tempo.
Logo eu, com minha vaga lembrança, não suporto a idéia de ser esquecível.

A imagem eu vi aqui… Clique.

Down with love

Calma. Esta não é mais uma causa que abraço. [Todo agouro pra cima de outro couro!]
A minha curiosidade me leva a tantos lugares, me faz descobrir tantas coisas interessantes… pra não abrir muito o foco [!] tenho como pano-de-fundo o comportamento humano. Generalizei? Nem tanto… sou curiosa pacas!

Intervalinho de revistas, a espera de um tal case-cliente pra escrever, resolvi traduzir uma pesquisa gringa muito interessante. Talvez sirva de base pra um livro, workshop, palestras pelo mundo afora…

Mas, entre algumas expressões que eu nunca ouvir falar [sou bem fraquinha na língua de Shakespeare], a lembrança de um certo filme desceu sobre a mulherada da agência. [Sim, aqui na agência somos maioria absoluta!]. O filme é médio. Gostei do visual retrô, me diverti com a ingênua malícia dos anos 60. E só.

Tá explicado o Down with love.


Barbara Novak [Renée Zellweger] é uma escritora feminista que, em plenos anos 60, escreve um best-seller chamado “Abaixo o Amor”, no qual aconselha mulheres desiludidas com a vida amorosa a manterem apenas relacionamentos casuais, focando mais a conquista do sucesso profissional e sua própria independência. O tremendo sucesso do livro faz com que Catcher Block [Ewan MacGregor], um repórter mulherengo e sedutor, decida se envolver com Barbara apenas para preparar um artigo e mostrar ao mundo que ela nada mais é do que uma fraude.

Depois eu escrevo sobre a tal pesquisa…

Alimento


Seja gentil, me abra.

Não force, apenas seja firme.

É neste processo que começa a beleza:

elementos em total harmonia.

 

Aprecie cada detalhe.

Observe as cores, os contrastes.

Deleite-se com o aroma.

Surpreenda-se com a textura.

 

É na sua boca que eu me revelo.

 

Meu sabor marcante é envolvente,

e o brilho do visgo, escorregadio.

 

Entregue-se a esta explosão de sabores.

Deixe que sua língua explore meus espaços.

 

Aí, então, vou deslizar por sua garganta

saciar sua fome,

ficar na sua memória.

 

E mesmo assim, satisfeito, você vai querer mais.

Vargas, meu predileto

Todas deliciosas. Cheias de curvas. Pouca roupa. Caras e bocas.
Sedutoramente ingênuas. Maliciosamente dissimuladas.
Assim são as mulheres de Vargas.

Confesso que, por muito tempo, essas mulheres povoaram meu imaginário. Foram referências de poder, sedução, espelho mesmo. Eu queria ser uma delas. Todas divas. Simplesmente lindas.

Pano pra manga…

Tudo começou como uma brincadeira de criança: quero ser professora.

Fiz muitas explanações no meu quarto, cercada de um monte de bonecas atentas, até chegar ao magistério. Foram horas de estágio, três anos de aulas de filosofia e pedagogia e didática e gramática pra, enfim, me formar professora! Isso tudo, lá no finalzinho dos anos 80…

De lá pra cá, a sala de aula ficou na memória e na vontade.

Um belo dia, a vontade começou a se avolumar – crescendo até aqui, ó! E as palavras foram parar no papel. Montei a apostila do workshop que pretendo ministrar. Ou, na moderna acepção da palavra facilitar: do qual serei facilitadora. Até que foi fácil esquematizar a apostila, que virou um caderno de exercício…

O assunto escolhido é algo instigante: criatividade. E ao mesmo tempo, inesgotável.

A todo momento descubro novas coisas pra acrescentar, discutir, desmembrar, agregar… ufa!

Com certeza, posso afirmar: pra mim, mais difícil do que iniciar um processo do nada, é dá-lo como concluído.

* Esta última frase não é coincidência: veio do texto logo aí embaixo!!! Ele, sim, é pano pra manga…