O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço.
Essa frase não é minha (claro!): é do Jota Quest. Mas tenho certeza de que ela já foi dita (ou pensada) centenas de milhares de vezes por muitas pessoas que nem conhecem a música. Porque é a mais pura verdade: o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço.
Depois de fazer a malas e me mudar para Portugal, meus abraços ficaram mais escassos.
(nos últimos cinco meses…)
- dos meus pais, que ficaram por aqui de fevereiro até meados de março
- do meu filhote, que tem um dos mais gostosos ever!
- de uma amiga portuguesa muito querida, que parece ter um radar especial para abraços necessários
- …
A dose de carinho que recebo diariamente – seja do filhote, da família ou de amigos – me nutre o suficiente e não me sinto carente*, mesmo quando a saudade aperta (e isso acontece muitas vezes!).
Até que… ela** chegou e me deu o abraço mais especial de todos. Um abraço porto-seguro, caloroso, reconfortante e muito demorado! <3 Era como se eu abraçasse, ao mesmo tempo, todos os meus queridos que estão longe (meio SENSE8 isso, né?). No entanto, éramos só nós duas e a nossa amizade.
Aquele abraço demorado…
Estar longe das pessoas que amo (família e amigos, é com vocês que estou falando!) me fez ver o quanto elas são especiais (muito!). É o velho cliché: a gente só dá valor quando perde. Não que eu tenha negligenciado meus familiares e amigos – acredito que eu tenha, por várias vezes, declarado meu amor por eles, apesar de não ser uma amiga muito presente…
Os abraços de oi-como-vai, até-logo, estou-morrendo-de-saudade, agora, com a distância, me parecem frouxos e escorregadios, automáticos e até rapidinhos demais… como se a certeza de um próximo encontro diluísse a necessidade do aperto, do aconchego.
Esse “pouco-caso” tão comum nos dias corridos, hoje me soa como tolice: eu queria ter feito diferente!
Você pode agir de outra maneira, de modo que isso que digo seja verdade apenas para mim. Mas, talvez e só talvez, você também esteja adiando aquele abraço apertado e beeeeemmmm demorado.
(Quando acabei de escrever esse parágrafo, me lembrei de um vídeo e corri pra achá-lo no YouTube!)
A Erika** é uma amiga de longa data (uns quatro ou cinco anos), mas que só se tornou bem próxima meses antes d’eu viajar. A trabalho, passou uns dias por Lisboa e tivemos a chance de nos encontrarmos por algumas horas. Foi um domingo bem especial! Obrigada, querida! E volte logo!
- Mentira: tem dias que fico muito, muito carente! Faz parte e tô aprendendo a lidar com isso.
E aí, já deu um abraço demorado hoje?
p.s.: Esse não é um post patrocinado pela Panvel.